O principal alvo da megaoperação contra a adulteração de combustíveis em São Paulo movimentou mais de R$ 4,5 bilhões, em ao menos 267 postos, entre 2020 e 2024.
Ele é considerado um dos mais importantes operadores do PCC, o Primeiro Comando da Capital, e atua há mais de duas décadas no mercado de combustíveis no estado.
A Operação Spare cumpre nesta quinta-feira 25 mandados de busca e apreensão na capital e nas cidades de Santo André, Barueri, Bertioga, Campos do Jordão e Osasco.
Operação Carbono Oculto
Os suspeitos são investigados por utilizar postos, empreendimentos imobiliários, motéis e lojas de franquia para lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e ocultação de patrimônio. O esquema foi revelado na operação “Carbono Oculto” realizada em agosto.
Os recursos de origem ilícita eram inseridos no setor formal por meio de empresas operacionais em espécie e por maquininhas via fintechs - empresa digital que atua no mercado financeiro.
Depois, o dinheiro lavado era reinvestido em negócios, imóveis e outros ativos, por meio de Sociedades em Conta de Participação.
O que motivou a investigação
A estrutura foi identificada a partir da concentração de empresas em um único prestador de serviço, que formalmente controlava cerca de 400 postos, sendo 200 vinculados diretamente ao alvo e a seus associados.
Também foram detectadas administradoras de postos que movimentaram R$ 540 milhões.
Mais de 100 policiais militares e 100 agentes da Receita Federal e do Ministério Público do estado atuam nas ações desta quinta-feira.
Fonte: Radioagência Nacional